Como convencer na empresa que o LSS dá dinheiro – Parte I
Líderes e agentes de Lean Six Sigma (LSS) em todas as
empresas têm que demonstrar a cada momento o status de seu(s) projeto(s). Não é à toa que alguns terminam sendo melhores em PowerPoint do que em estatística! Uma etapa fundamental dessa demonstração é a dos
resultados financeiros. Se não estiverem presentes, ou se não tiverem credibilidade corre-se o risco do projeto perder o apoio da alta gerência. E todos sabemos o destino de projetos sem apoio…
Portanto quanto mais clara a ligação com os lucros da
empresa, melhor! Vamos lá.
Neste ponto devo presumir que o leitor conhece uma de
duas disciplinas ou ambas: LSS+Gestão de Projetos e Finanças+Contabilidade.
Sabemos que um projeto pode impactar vendas, preços, custos, produtividade,
uso de mão de obra, de materiais, tempo de atendimento e muito mais. Como deixar clara a ligação de um projeto com os lucros da empresa, especialmente quando outros projetos ou gestores estão competindo pela mesma atenção/recursos? Desenvolvi uma metodologia simples, confiável e flexível que, entretanto, requer:
a) que os líderes de LSS adotem uma linguagem de categorias de benefício compreensíveis para a liderança financeira da companhia e
b) que a área funcional do Planejamento Financeiro da empresa se envolva plenamente na validação dos ganhos do portfólio de projetos de melhoria de LSS.
Mas voltemos ao princípio. Qual é a definição de um benefício financeiro de LSS? Você poderia dizer que esta é uma questão estúpida… mas é só aparência. Se esta questão bem básica não for resolvida entre as lideranças de LSS e de finanças, não há esperança de compreensão mútua, e novamente o risco de perda de credibilidade pode fazer com que a empresa deixe de aproveitar todo o potencial de seu programa Lean Six Sigma. Somente pode-se dizer que um projeto de Lean Six Sigma trouxe benefício financeiro se seus efeitos são sustentáveis por 12 meses consecutivos de mensuração após sua implementação. Sendo assim, a medida do sucesso de um projeto de LSS é sua performance sustentável! Parece simples, e é! Mas não abarca toda a realidade. Por isso precisamos complementar dizendo
que:
a) sim, projetos de LSS podem gerar benefícios que não são sustentáveis, como o lucro com a venda de um ativo. Mas também custos ocasionais, como por exemplo pagamento de rescisões de empregados demitidos. Esses são chamados de ganhos ou custos “não recorrentes”, e
b) Não, nós não devemos ignorar os ganhos alcançados pelo projeto antes da sua completa implementação (até o final do “C” do DMAIC). Esses são chamados de “ganhos rápidos” ou “quick wins”. Note que são diferentes dos ganhos não recorrentes, pois são benefícios repetíveis que ainda não estão totalmente implementados e controlados pelo time do projeto.
Num próximo artigo discutirei com detalhe a metodologia que proponho para possibilitar a validação financeira dos ganhos de projetos de LSS. Caso se interesse pelo assunto, ou tenha um real problema de validação de ganhos em sua empresa, convido-o a seguir o link e visitar a página da MI Domenech a que me associei como consultor.
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